Antropo = homem (no que diz respeito ao ser humano) + Logia =
estudo;
Antropologia = Estudo do Ser
Humano;
Por que Cristão? Pois o
estudo do Ser Humano se dará por meio do
entendimento Bíblico acerca da
origem do homem.
• A Base Bíblica para o
estado original de inocência e perfeição;
• Um estado de virtude e
retidão;
• Visão sobrenatural;
• Visão natural;
• Um ambiente perfeito;
• Um estado de domínio;
• Um estado de
responsabilidade moral;
A questão sobre a identidade do
homem é tema de muitos debates e
inquietações, mas a grande
reflexão aqui é: “Quem sou eu? ”. A resposta e o entendimento à essa pergunta
é o que procuramos quando estudamos
Antropologia, mas ela depende da sua cosmovisão, ou seja, da visão
ampliada
que temos de mundo, crenças e
ideias sobre o mundo, e, além disso, essa
resposta vai determinar o seu
caminho na vida.
Todos os teólogos evangélicos
creem que os primeiros seres humanos
foram criados diretamente por
Deus. E essa é a visão que nos servirá como
preparação do cenário para uma
abordagem da origem da alma de cada ser
humano segundo Adão, bem como
servirá como contexto para a compreensão
da depravação inerente herdada
pela humanidade, desde a época da criação.
INÍCIO versus ORIGEM
O início indica simplesmente o
fato de passar a existir, enquanto origem,
carrega a ideia de propósito do
início dessa existência. Pelo fato do ser
humano ter esquecido o seu
propósito de origem, fica perdido no universo em
um dilema existencial,
reconhecendo apenas que ele está ali, sem saber o
porquê. Não somos fruto do
acaso, mas sim , gerados com o propósito da glória
de Deus.
• A base bíblica para o
estado original de inocência e perfeição.
De acordo com Gênesis 1-2, Adão
e Eva foram criados em total
inocência. Não havia nenhum
tipo de malícia na sua natureza ou no ambiente
onde eles estavam inseridos.
Eles “não se envergonhavam” (Gn 2:25), e não
conheciam o “bem e o mal” (Gn
3:5). Em suma, além de não conhecerem a
culpa por qualquer tipo de
pecado, eles também eram inocentes com relação
ao pecado.
Além disso, mesmo a tentação do
“sereis como Deus, sabendo o bem e
o mal” (Gn 3:5) implica que
eles não conheciam o mal antes de caírem. Na
verdade, foi somente ao
experimentarem o fruto proibido que “foram abertos os olhos de ambos, e
conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si
aventais” (Gn 3:7). De acordo com o Novo Testamento, pela desobediência, Adão
e Eva se tornaram pecadores (Rm 5: 12; 1 Tm 2:14) e
trouxeram a condenação sobre si mesmos e sobre toda a sua
posteridade:
“Pois assim como por uma só
ofensa veio o juízo sobre todos os homens para
condenação, assim também por um
só ato de justiça veio a graça sobre todos
os homens para justificação de
vida. ” (Rm 5.18). Antes disso, eles eram
ilibados.
• Um estado de virtude e
retidão.
Além de serem inocentes e sem
malícia, Adão e Eva eram moralmente
virtuosos em função do estado
em que foram criados, pois Deus os dotou de
perfeição moral.
Salomão escreveu: “Vede, isto
tão somente achei: que Deus fez ao
homem reto, mas ele buscou
muitas invenções” (Ec 7:29). A palavra hebraica
para designar “reto” é
‘’éyashar’’, e significa honestidade ou integridade, ela é a mesma palavra
utilizada em conexão com “justo” (Dt 32:4), “reto” (Jó 1:1), e “puro” (Jó 8:6).
Consequentemente, ‘’yashar’’ não denota apenas a ausência de maldade, mas também,
a presença da bondade — não é ausência de vício,
mas presença real da virtude.
Existem duas visões básicas a
respeito da origem deste estado de pureza na criação:
• A visão sobrenatural:
Tomás de Aquino (1225-1274) e
os seus seguidores na Igreja católica,
também sustentavam o mesmo
ponto de vista, ou seja, que a retidão original
não era natural, mas
sobrenatural.
Jonathan Edwards (1703-1758)
sustentou que esse estado original, teria
sido um estado de graça
sobrenatural no qual Adão foi criado antes da queda,
mas que, em função do pecado,
foi perdido: ser perfeitamente inocente e ser
perfeitamente íntegro.
• A visão natural:
Shedd argumentava que esse
estado de perfeição na criação era
natural, ou seja, a própria
natureza com a qual Deus criara Adão era
moralmente reta e perfeita. Ele
observou que a mesma palavra ‘’ yashar’’, é
utilizada por Deus para se
referir a Jó:
“Este era homem sincero, reto e
temente a Deus; e desviava-se do mal” (Jó
1:1)
A justiça original está contida
na própria ideia de um homem que nasceu
pelas mãos do Criador. Ela é
parte do seu dote de criação, e de nada precisa
ser acrescentado.
A obra do Criador é perfeita, e
não precisa de nenhuma espécie de
aperfeiçoamento. Em suma, de
acordo com a visão natural, como Deus é
perfeito, Ele é incapaz de
criar uma criatura imperfeita. Logo, o estado natural
de Adão e Eva, desde o momento
da criação, era, necessariamente, de
perfeição.
• Um ambiente perfeito:
Além de uma natureza perfeita,
Adão também recebeu um ambiente
perfeito, no Éden não havia
imperfeição moral (ou metafísica), não havia
pecado, era um lugar de bondade
(Gn 2:8-22; 1:31), não havia nenhuma
tendência ao mal do ambiente ao
seu redor.
A criação não estava sujeita à
corrupção, da forma como ficou depois da
Queda (Rm 8:22). Não havia
morte no gênero humano (Rm 5:12) e tanto a
natureza interna quanto externa
eram absolutamente perfeitas.
• Um estado de domínio:
No estado original da criação,
a humanidade não era serva da natureza,
mas exercia seu senhorio sobre
ela. O homem não era escravo do seu braço
forte, ao contrário, a natureza
lhe servia, pois ela estava sujeita à humanidade.
“Enchei a terra, e sujeitai-a;
e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves
dos céus, e sobre todo o animal
que se move sobre a terra” (Gn 1:28).
• Um estado de
responsabilidade moral:
Tudo isso não significa que
Adão não precisaria prestar contas a
ninguém que estivesse acima
dele. Na verdade, ele estava em estado de
subordinação, pois “E ordenou o
senhor Deus ao homem, dizendo: De toda
árvore do jardim comerás
livremente, mas da árvore da ciência do bem e do
mal, dela não comerás; [...]”
(Gn 2:16-17).
Adão tinha a responsabilidade
de obedecer ao Criador. Como
sabemos, foi exatamente neste
ponto que Adão falhou, de maneira miserável
(Gn 3:1ss; cf. Rm 5:12-21; l Tm 2:14). Adão estava livre no sentido em que
suas ações foram
autodeterminadas (ação de decidir por si só).
Quando Adão escolheu
desobedecer esta ordem, Deus o considerou
culpado, com a seguinte
pergunta: “Comeste tu da árvore de que te ordenei
que não comesses? ” (Gn 3:11).
As Palavras grifadas claramente
indicam que houve um ato de
autodeterminação (cf. v. 13).
Tu fizeste isso, disse Deus. Portanto, tu também
serás responsável pelo teu ato,
sustentou o Criador. Ninguém mais fez com
que Adão e Eva cometessem o
pecado, nem mesmo o próprio Diabo, que foi o
autor da tentação. Assim é a
natureza autodeterminada da liberdade.
Porém, as pessoas perfeitas em
um paraíso perfeito não estavam livres
de um intruso imperfeito.
Satanás, um arcanjo decaído, havia se rebelado
contra o Criador, levando
consigo um terço dos anjos do céu (Ap 12:4,9).
Por um a decisão livre e não
coagida das suas vontades, o casal perfeito no
paraíso perfeito caiu na
imperfeição. (Rm 5:19; 1Tm 2:1). A sua desobediência
gerou a morte e a destruição
(Rm 5:12-21; 8:20-23).
Nenhum mal interior ou exterior
os levou a transgredir. Mas o uso
grosseiro da liberdade,
erroneamente exercido, desencadeou a obediência e as
suas trágicas consequências.
A base teológica para o estado original de
inocência e perfeição
A condição perfeita do estado
original mente criado deriva da natureza de
Deus como um ser
absolutamente perfeito. O argumento segue a seguinte
linha:
• Deus é um ser
absolutamente perfeito;
• Um ser absolutamente
perfeito é incapaz de produzir uma criação imperfeita;
• Logo, a criação
original foi feita na perfeição;
A base bíblica para a
perfeição moral de Deus encontra-se em diversas
passagens:
(Dt 32:4) - Ele é a
Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus
caminhos juízo são; Deus é a
verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é”.
(2Sm 22:31) - “O
caminho de Deus é perfeito [...] Deus é a minha
fortaleza e a minha força, e
ele perfeitamente desembaraça o meu caminho”.
(Jó 37:16) - “Tens
tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens e das
maravilhas daquele que é
perfeito nos conhecimentos? ”.
(SI 18:30) - “O
caminho de Deus é perfeito; a palavra do SENHOR é
provada”.
(SI 19:7) - “A lei do SENHOR é
perfeita e refrigera a alma”.
(Mt 5:48) - “Sede
vós, pois, perfeitos, como perfeito é vosso Pai, que
está nos céus”.
Outras Concepções sobre a Origem da Humanidade
• A evolução Clássica;
• A evolução Deísta;
• A evolução Teísta;
• O criacionismo fiat;
• O criacionismo
progressivo;
• A evolução clássica:
O evolucionismo naturalista
tenta explicar a origem do homem e das
demais coisas sem a ação
divina. O homem é produto do acaso num universo
sem Deus, ou seja, os
processos imanentes na natureza produziram os seres
humanos e tudo o que existe.
O mundo é o resultado de
combinações atômicas aleatórias e casuais.
Não existe participação divina
no processo. Os naturalistas têm em comum a
negação de que o homem
sobrevive à morte e a negação de qualquer juízo
futuro.
Evolucionismo “clássico
ou ateísta: O universo e a vida se
desenvolveram naturalmente, sem
interferência divina nenhuma. O ser humano
é fruto de um processo
evolutivo aleatório. Para este também podemos usar o
nome de
"materialismo" e "naturalismo".
• Evolucionismo deísta:
um Ser superior (pode ser Deus ou não) foi a causa
inicial da origem do universo e
da vida. A evolução das espécies, porém,
ocorreu naturalmente ao longo
dos milhões de anos. O ser humano é fruto de
um processo evolutivo
aleatório, embora teria recebido o sopro divino ao final
de sua evolução.
• Evolucionismo teísta: o
real conceito é de um desenvolvimento da vida e do
universo guiado e
direcionado por um projetista divino (Deus). O ser humano é
fruto de um processo evolutivo
ordenado e regido por Deus, tendo, na sua
conclusão, recebido o sopro
divino.
• O Criacionismo
fiat: em latim, quer dizer haja. Assim Jerônimo traduziu a
palavra “CRIOU” em Gn 1. A
expressão significa que o Senhor Deus não
precisou de qualquer matéria
original para levar o efeito da criação.
• Criacionismo
progressivo: vê a obra criadora como uma combinação de uma
série de novos atos criativos
(criou de novo; criou novamente.) entre esses atos
especiais de criação, o
desenvolvimento ocorreu por meio da micro evolução,
onde a evolução ocorre dentro
da mesma espécie e não macro evolução, onde
a espécie evolui para espécie.
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